sexta-feira, 14 de março de 2008

JUSTIÇA MANDA SOLTAR SUSPEITO DA MORTE DO PREFEITO LEOCÁDIO

Três dias depois de o assassinato de João Leocádio - prefeito de Buriti Bravo - completar três anos, a Justiça mandou soltar ontem o principal suspeito de ter atirado em Leocádio: Antonio Marcos Alves de Sousa, o "Marcão" ou "Marco do Deti". O acusado vinha, desde maio de 2005, quando foi preso, tentando obter seu livramento na Justiça. Conseguiu ontem, por determinação da desembargadora Maria dos Remédios Buna Costa Magalhães. Agora, apenas um dos envolvidos no crime está na cadeia: Wytamar Costa da Silva. O ex-prefeito Wellington de Jesus Fonseca Coelho, o "Tico" - apontado em inquérito policial e pelo Ministério Público como mandante do assassinato - morreu, vítima de infarto, em 5 de janeiro deste ano.

O crime - O prefeito de Buriti Bravo (a 519 km de São Luís), João Henrique Borges Leocádio - ex- professor de matemática - foi assassinado com um tiro no ouvido no dia 10 de março de 2005.

Segundo a viúva Arlete Leocádio contou ao JP, ele estava em casa, na hora do almoço, quando recebeu uma ligação, pegou um pacote no guarda-roupa e saiu. Horas mais tarde, o corpo de Leocádio foi encontrado por moradores do povoado Gameleira, distante 4 km do centro de Buriti Bravo. Próximo ao local do crime estava o carro da vítima, um Corsa Sedan preto, com a porta do passageiro trancada.

Trapalhadas - Durante as investigações, marcadas por uma série de trapalhadas, o então secretário de Segurança, Raimundo Cutrim (atualmente deputado estadual pelo DEM), chegou a levar a sério uma absurda hipótese de suicídio, mas logo ficou claro que se tratava de um homicídio com características de crime de encomenda.

Em maio de 2005, foi preso Antonio Marcos Alves de Sousa, que era proprietário do posto Atlanta, em Buriti Bravo, e que tinha relação de amizade com Wellington Coelho. Tempos depois, a polícia também deteve Wytamar Costa da Silva. Os dois foram acusados de executar a morte do prefeito e enviados para a Penitenciária de Pedrinhas.

Em maio de 2006, a juíza Karla Jeane Matos Pereira da Silva, titular da Comarca de Buriti Bravo, decretou a prisão preventiva do ex-prefeito Wellington Coelho. A acusação contra Coelho no inquérito policial foi baseada em escuta e quebra de sigilos telefônicos e bancários, autorizados pela Justiça. Três meses depois, a Justiça concedeu habeas corpus a Coelho, que morreu no início deste ano.

(Com informações do Jornal Pequeno)

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